terça-feira, 3 de junho de 2014

mar nosso

um

ó mar irado
que te espumas de fúria
golpeando cascos
contra rochedos
o sal que me seca os lábios
é a essência dos descobrimentos

dois

mar denso, mar revolto
reflectido no olhar do marinheiro
luta, segurando o leme com firmeza
digladeia-se revoltado com o revolto
pragueja com gritos enfurecidos
que dão voltas ao navio
o mar açoita o convés
limpa-o de homens
caem ao mar, são engolidos
o marinheiro cerra os dentes
sem lágrimas para derramar
;
o imberbere

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