sexta-feira, 30 de agosto de 2013

S.P.



SENHOR PEQUENEZ



Curvo-me ao caminhar
Luto contra o meu consciente
Passa uma formiga
Sinto-me pequeno como ela

Miro o rebanho que passa …

Eu, lobo solitário
Já nem sinto os olhos em meu encalço
Caminho tacteando a folhas de Pequenez
E o vento de solidão
Que passa pela minha tez escura e grossa
Acarinha-a levemente
… Como quem me empurra para dar
Os primeiros passos…

Meu rosto inexpressivo
Segue os caminhos mais difíceis
Alimento-me da carne desse rebanho
De todas as coisas pequenas
Tristes, solitárias

A minha mente absorve
O monótono mundo da Pequenez
Há poucos lobos assim
Com este pensar Pequeno
Que engole o mundo em seco!


PoreScritO